Historicismo 4


HISTORICISMO (ecletismo).
- Luciano Patetta interpreta o ecletismo como um ‘longo’ período que vai da segunda metade do século XVIII até o início do século XX, ou seja, ele incorpora no ecletismo também o neoclássico: “Reencontrar no seio das experiências neoclássicas e ecléticas, razões de consenso mais do que de contraposição e apagar qualquer linha nítida de demarcação entre elas”.

- O Ecletismo dá-se no contexto fundamentalmente do século XIX: inicia-se com a propagação das idéias do iluminismo e com a Revolução Industrial, tem continuidade com a Revolução Francesa e demais convulsões sociais que sacudiram a Europa e o mundo ocidental, abriga as idéias do cientificismo positivista e tem seu ocaso junto com o fim da 1ª Grande Guerra Mundial, ou seja, é um período de declínio das antigas formas estéticas mas também o germinar de uma nova sensibilidade ancorada nas  formas simples e na tecnologia elaborada da arquitetura industrial.

Ainda segundo Patetta, três possibilidades se afirmam dentro do historicismo do ecletismo:
1. Composição estilística: baseada na adoção imitativa coerente – quase arqueológica - dos estilos do passado. Derivou para os estilos ‘nacionais’.

2. Historicismo tipológico: voltado a escolhas apriorísticas de cunho analógico, que orientavam o estilo para a finalidade a que se destinava o edifício.

3. Pastiches compositivos: que com maior margem de liberdade inventava soluções estilísticas historicamente inadmissíveis.

Composição estilística (arqueológica): Leo von Klenze (1784-1864). Gliptoteca. Munique. 1816-30. 





 
Composição estilística (arqueológica) do tipo nacionalista: Neomaneirista. Gustavo Giovannoni (1873-1947). Igreja Degli Angeli Custodi, Roma. 1920.

Referencias bibliográficas.
PATETTA, Luciano. Considerações sobre o ecletismo na Europa in: Annateresa Fabris (org). Ecletismo na arquitetura brasileira. São Paulo : Nobel, 1987.

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